terça-feira, 20 de abril de 2021

Para a História da Cova Gala (XI) - "Pesca Fluvial na Cova e Galla desde os primeiros tempos"


"É principalmente a numerosa população que habita as povoações que demoram ao sul da Figueira, a Galla e Cova de Lavos, do outro lado do Mondego, em frente da cidade, que se entrega com mais afan à pesca fluvial e onde existe maior
numero de barcos, redes e outros apparelhos piscícolas.

Os pescadores do Buarcos occupam-se quasi exclusivamente na pesca do alto ou na captura da sardinha, quer no mar largo, na occasião da safra, quer na costa com as artes ou rêdes de arrasto. O número de pescadores que actualmente habitam a cidade é insignificante. É pois nas povoações acima mencionadas onde se recruta a maior parte dos indivíduos que no vasto estuário do Mondego se entrega a esta indústria.

As espécies piscícolas que mais abundam no Mondego são os linguados, sôlhas, tainhas, robalétes, enguias, fanecas etc., que se pescam durante todo o anno, e as lampreias, sáveis, savelhas, corvinas, de Janeiro a Abril, quando estes peixes sobem os rios para a dosova. 

Nos bancos, e covões de arêa que se espalham pelo leito do rio, ficam a descoberto na vasante das marés, apanha-se o berbigão, o mexilhão, a navalha, o lingeirão, etc.
Principalmente de Inverno, quando a agitação do mar impede a sahida dos barcos para a pesca do alto, e por este motivo se torna impossível também o emprego das rêdes do arrasto, a pesca f1uvial atinge extraordinária importância, abastecendo ella só os mercados da Figueira, Coimbra a outras povoações limitrophes.

Na primavera numerosos grupos de pescadores da Galla e Cova vão todos os annos exercer a sua industria no Tejo, onde a pesca é mais remuneradora, empregando-se na captura do sável e corvina, que nos mezes de Março, Abril e Maio abundam extraordinariamente naquele grande rio. Terminada a safra ei-los que voltam de novo ao Mondego até princípios de Novembro, época em que os primeiros bancos de sardinha os chama ao mar largo."

Ret. de edição policop. editada pela Biblioteca Municipal Pedro Fernandes Tomás. Não há referência ao autor .
Fonte:Album Figueirense 
 

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O Mar...da Cova.

O Mar...da Cova.
Praia da cova...teu mar é imenso,tem muitas estórias para contar.Quando era criança quis alcançar o teu fim...nos meus pensamentos.O teu horizonte era a minha amante longínqua...As dunas a cama aonde um dia me iria deitar contigo...

Que dia é hoje?

Só existem dois dias no ano,em que nada se deve fazer.
Um chama-se ontem,e o outro amanhã.
Por isso hoje é o dia para amar,crer,fazer e principalmente viver...

Ponte dos Arcos...na Gala

Ponte dos Arcos...na Gala
Velha Ponte dos Arcos...Ponte da minha infãncia.Tua vida chegou ao fim...mas a tua imagem ficará sempre em mim.Olhas o rio,como quem olha o espelho da vida.Já viste alguém nascer...quem sabe!Não evitas-te que junto a ti alguém morresse.

Praia da Cova...

Praia da Cova...
O perfume do teu mar...é o presente,foi o passado e será o futuro da minha existência...