Eram umas três horas da tarde de intenso calor, nesse mês de julho de 2012, já o estava a observar, há cerca de meia hora, tentando em vão apanhar as tainhas irrequietas que nadavam à superfície da água entre os barcos ali atracados.
Tanto ficava por largos minutos sossegado sempre com os olhos "pegados" na água, como repentinamente se movimentava com uma agilidade incrível e posições acrobáticas.
Uma cana, onde estava agarrado um pequeno saco de rede, era o seu apetrecho de pesca.improvisado.
Às vezes exclamava em jeito de desabafo - "Cabrona" que já me fugistes outra vez, deixa estar que eu já te lixo!
Movimenta-se novamente, mas agora suavemente como um felino, esperando depois largos minutos antes de a atacar a presa...
Aproximei-me e fui falar com este grande pescador de oito anitos e perguntei?
- Então já apanhaste alguma coisa?
Resposta imediata - Oh! Só dois caranguejos! Hoje não está a dar nada!
Afastei-me lentamente, fascinado, com a agilidade e as respostas curtas e rápidas do puto pescador... num já longínquo e quente dia de verão no Portinho da Gala.
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