Gala, cores cinzentas do passado.
O antigo Largo das Alminhas, no final dos anos sessenta, ainda com os restos de um edifício em ruínas.
Ao fundo a estrada nacional coberta com os seus típicos paralelos de pedra granito.
E depois, depois, o rio, e a borda do rio, que não conseguimos avistar, mas que facilmente poderiamos imaginar, a alma, o ex-líbris.de toda a nossa aldeia.
"As ruínas que se vêem, à esquerda, são duma fábrica onde se fazia o encascar de redes (tingir), especialmente da pesca de atalhar. Vê-se, também, a parte de cima da famosa cabine eléctrica para onde os caroços das peras, abrunhos ou marmelos, eram atirados depois de se comer o que as mãos "tiravam" das árvores de fruto. Também se nota o famoso aqueduto, junto à estrada 109 (estrada dos paralelos) onde, por baixo, corriam as águas das valas dos quintas direitas ao pequeno esteiro existente e onde, também se sentavam muitos homens para "dar à língua".
No canto esquerdo, numa roda de 4 ou mais homens, gritava-se, cara e "croa", caras e bolho, no jogo da chapa. Pois é João Manuel Fidalgo Pimentel, a foto retrata muita existência bacalhoeira no defeso, muita vida dos viviam do que o rio dava (as famosas amêijoas rainha apanhadas à "patada", o encontro das grandiosas cegadas da Cova e da Gala. Local onde se construiu, em 1917, a Capelinha das Alminhas, para ajudar as almas no caminho do Purgatório, quer por rezas quer por esmolas. Local mítico, amigo João Manuel Fidalgo Pimentel, o Largo das Alminhas. Felicito-o por ter postado esta foto. É bom ver e recordar."
(Entre parênteses - comentário de Alberto Afonso)
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