O seu pódio, qual imperador num anfiteatro romano.
O poder, a autoridade,que admiração eu tinha por ele,quando ainda era puto.
Era capaz de o ficar a mirar, por um tempo sem fim...
Os seus gestos rápidos, decididos, com um toque de agressividade, sempre em postura de combate.
Na Figueira da Foz também os havia.
A minha avó puxava-me pela mão com insistência...
- Anda menino que ainda perdemos a camionete.
Dava uns passos em frente e logo parava.
Uma apitadela do polícia sinaleiro, fazia-me ficar pasmado para ele com muito respeito.
Mais parecia por vezes uma marioneta com um apito, como eu gostaria de soprar naquele apito, só uma vez.
Se eu tivesse o ensejo de...
Não!
O polícia sinaleiro desceu por uns momentos do seu assento elevado, agarrei-me ao xaile da minha avó.
Será que me vai prender!
- Anda menino senão o polícia prende-te!
Apressei o passo de puto dos meus sete anitos, olhando sempre para trás, tropeçando,quase caindo.
O polícia sinaleiro repreendia um automobilista, que tinha desrespeitado as suas ordens.
Agora é que eram elas!
Era a sua voz, bem forte plena de autoridade que se fazia ouvir.
O trânsito esse estava num caos...que grande desordem!
Todos buzinavam, abafando os berros do polícia sinaleiro.
Ao longe, perdi-o de vista ao entrar na praça velha...
Estávamos quase a chegar à paragem da "leiriense" na praça velha, para apanhar a camionete, que ia para a Cova...
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