"Com que espírito é que vamos agora para o mar?"
A pergunta é feita diariamente pelos cerca de trezentos pescadores da sardinha de Peniche e Nazaré, que há 11 dias ultrapassaram as quotas de captura, e foram obrigados a parar os barcos. Com o mar "cheio de peixe", asseguram, estes homens estão apenas autorizados a capturar carapau e cavala, cujo valor de venda ronda os 2 ou 3 cêntimos.
Na Figueira da Foz e Matosinhos ainda se pesca. A compensação aos armadores (donos das embarcações) é calculada em função de uma fórmula que tem em conta a categoria do barco. Já as compensações aos tripulantes são fixas: 20 euros para marinheiros/pescadores, 24 euros para mestres e 27 euros para oficiais.
Evangelino Rosário tem 25 anos e há sete que anda no mar. Casado, com um filho pequeno, não sabe o que lhe reserva o futuro e está apreensivo. Sentado no barco Tudo por Deus atracado no porto de Peniche, cruza as mãos no peito, baixa a cabeça e lembra: "Ninguém consegue viver com três meses de trabalho", principalmente quando a mulher "tem trabalho temporário".
"Esta é a melhor altura para pescar sardinha, porque tem maior valor comercial", explica, garantindo não ter conseguido "amealhar nada" com os três meses que já trabalhou. "Tenho uma família para sustentar e por isso estou a pensar ir para o estrangeiro", assume, enquanto coça a cabeça, rematando depois: "Eu não sei fazer mais nada... a minha vida sempre foi a pesca....
O que vou fazer agora?"
Fonte: DN
A pergunta é feita diariamente pelos cerca de trezentos pescadores da sardinha de Peniche e Nazaré, que há 11 dias ultrapassaram as quotas de captura, e foram obrigados a parar os barcos. Com o mar "cheio de peixe", asseguram, estes homens estão apenas autorizados a capturar carapau e cavala, cujo valor de venda ronda os 2 ou 3 cêntimos.
Na Figueira da Foz e Matosinhos ainda se pesca. A compensação aos armadores (donos das embarcações) é calculada em função de uma fórmula que tem em conta a categoria do barco. Já as compensações aos tripulantes são fixas: 20 euros para marinheiros/pescadores, 24 euros para mestres e 27 euros para oficiais.
Evangelino Rosário tem 25 anos e há sete que anda no mar. Casado, com um filho pequeno, não sabe o que lhe reserva o futuro e está apreensivo. Sentado no barco Tudo por Deus atracado no porto de Peniche, cruza as mãos no peito, baixa a cabeça e lembra: "Ninguém consegue viver com três meses de trabalho", principalmente quando a mulher "tem trabalho temporário".
"Esta é a melhor altura para pescar sardinha, porque tem maior valor comercial", explica, garantindo não ter conseguido "amealhar nada" com os três meses que já trabalhou. "Tenho uma família para sustentar e por isso estou a pensar ir para o estrangeiro", assume, enquanto coça a cabeça, rematando depois: "Eu não sei fazer mais nada... a minha vida sempre foi a pesca....
O que vou fazer agora?"
Fonte: DN
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