Sem emprego e com a mulher doente,Augusto roubou dois bancos com uma arma de plástico!
Augusto Costa saíu da Segurança Social com mais uma nega aos pedidos de ajuda. No bolso tinha as receitas para comprar os medicamentos para a esclerose múltipla da mulher e 1,5 euros.
Foi quanto bastou para comprar numa loja chinesa um revólver de plástico. Apesar do calor que fazia em Maio, vestiu um blusão e entrou no Montepio Geral da Av. da Liberdade, em Lisboa.
Em cima do balcão, deixou um papel: «Isto é um assalto. Mantenham a calma. Ponha todo o dinheiro em cima do balcão, rápido.»
Não chegou a falar, fez apenas o gesto suficiente para que se percebesse que tinha uma arma dentro do blusão. Saiu a tremer. ´Só pensava: Meu Deus! Desgracei a minha vida por 380 euros».
Desorientado foi a pé até à Pastelaria Suiça, no Rossio, e deitou o blusão fora na casa de banho. O dinheiro gastou-o logo de seguida «na farmácia, no Pingo Doce e para pagar o quarto». ( ... )
Não aguentei e fui entregar-me à Polícia Juduciária. Quando o apanhei no primeiro interrogatório, ele só pedia para ir preso, acrescentando: «Se não me prender, saio daqui e roubo outro».
Tentei ajudar a mulher e consegui que a Misericórdia lhe fosse entregar uma refeição por dia ao quarto onde vive, mas ela está doente e deprimida», conta a advogada. ( ... )
(em"Histórias da Vida Real e as Consequências da Crise...")
Fonte Jornal SOL
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