Parecia irreal aquele tempo de moleza, sem notícias que chegasssem.
A terrinha invernada na solidão, que só acordava nos primeiros dias de verão.
O café do "Malfeito", o único do lugar, que nos fazia passar e parar.
Televisão ainda rara, que nos levava por aí, aquecia e esquecia a aldeia encostada ao mar.
Pacatez louca de um lugar apaixonado e inesquecivel no final dos anos sessenta.
O último dia em que eu te vi, foi ontem, já passou um ano, muitos longos anos, talvez uma eternidade...
Tudo mudou, nada mudou desde esse tempo, desadequado.
Como nessa rua incontornável, que faz, fez parte de uma vida, um pedaço, um resto de nós, daquele, naquele tempo.
A última vez que eu te vi, foi hoje também minha mãe, ao lembrar-me mais uma vez de ti.
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