A obra do escritor Ramalho Ortigão, de 1876, na qual retrata as praias portuguesas, em meados do século XIX, e o hábito de "ir a banhos", com um conjunto de recomendações aos banhistas, foi publicada pela Quetzal.O livro intitula-se "As Praias de Portugal - Guia do banhista e do viajante", e lista cerca de 20 locais de banho, todos a norte de Setúbal.
O autor destaca dez praias -- Foz, Pedrouços, Póvoa de Varzim, Granja,
Espinho, Ericeira, Nazaré, Figueira da Foz e Setúbal -- e ainda as de
Leça e Matosinhos, num único capítulo, e dedica outro às praias "de
Pedrouços a Cascais" e mais um - o último -, às "praias obscuras".
Considerando que "Portugal é todo uma praia", as "praias obscuras" são as mais pequenas, mas "adequadas à instalação de uma família em uso de banhos". Deste grupo fazem parte Âncora, Apúlia, Furadouro, Costa Nova, S. Martinho do Porto, Assenta, Santa Cruz, S. Pedro de Moel, Porto Brandão, Alfeite e Fonte da Pipa.
Além de minuciosamente referir a paisagem, os hábitos, tipos característicos, personagens locais e as "acomodações turísticas" em cada uma das praias, Ortigão faz diversos conselhos e recomendações, nomeadamente "precauções higiénicas" a tomar para ir e estar na praia, "socorros aos afogados" e uma "reconstituição dos temperamentos e dos caracteres pelo banho frio".
Aconselha Ramalho Ortigão que, "ao ir para banho, deve-se ter em vista que tenham cessado completamente os trabalhos de digestão" e, quanto à "escolha da hora do banho, depende da constituição do banhista e do fim fisiológico ou terapêutico que se deseja conseguir".
Ortigão refere também três hospedarias que se diferenciavam, pela gastronomia: a de Mary Castro, de cozinha inglesa, a da Boavista, de cozinha portuguesa, e a do Louvre, de cozinha mista, portuguesa e francesa. "Os preços são de 1$20 por dia", a pensão completa.
Ramalho Ortigão (1836-1915) escreveu com Eça de Queiroz, de quem foi professor de francês, "O Mistério da Estrada de Sintra" e "As Farpas", e fez parte do grupo intelectual "os Vencidos da Vida".
Fonte:RTP-Cultura
Considerando que "Portugal é todo uma praia", as "praias obscuras" são as mais pequenas, mas "adequadas à instalação de uma família em uso de banhos". Deste grupo fazem parte Âncora, Apúlia, Furadouro, Costa Nova, S. Martinho do Porto, Assenta, Santa Cruz, S. Pedro de Moel, Porto Brandão, Alfeite e Fonte da Pipa.
Além de minuciosamente referir a paisagem, os hábitos, tipos característicos, personagens locais e as "acomodações turísticas" em cada uma das praias, Ortigão faz diversos conselhos e recomendações, nomeadamente "precauções higiénicas" a tomar para ir e estar na praia, "socorros aos afogados" e uma "reconstituição dos temperamentos e dos caracteres pelo banho frio".
Aconselha Ramalho Ortigão que, "ao ir para banho, deve-se ter em vista que tenham cessado completamente os trabalhos de digestão" e, quanto à "escolha da hora do banho, depende da constituição do banhista e do fim fisiológico ou terapêutico que se deseja conseguir".
Ortigão refere também três hospedarias que se diferenciavam, pela gastronomia: a de Mary Castro, de cozinha inglesa, a da Boavista, de cozinha portuguesa, e a do Louvre, de cozinha mista, portuguesa e francesa. "Os preços são de 1$20 por dia", a pensão completa.
Ramalho Ortigão (1836-1915) escreveu com Eça de Queiroz, de quem foi professor de francês, "O Mistério da Estrada de Sintra" e "As Farpas", e fez parte do grupo intelectual "os Vencidos da Vida".
Fonte:RTP-Cultura
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