As Rotundas...da Minha Terra (2)

Tantas vezes cortaste as águas do rio e deste mar.
Fazia um lindo bigode a tua proa, quando navegavas...
Em dias e noites de calmia...
Teus remos golpeavam as águas do rio.
Em dias e noites de calmia.
O teu movimento era suave,como a brisa adormecida.
Só ouvia o murmúrio e o suplicar das forquetas,que eram constantemente agredidas pelo vaivém dos remos.
As águas logo se recompunham...depois do teu passar.
Deixando ver com mais nitidez a magnificência do teu rosto e o reflexo da lua cheia...
E ao longe,ao longe as muitas luzes da cidade e o fumo do meu cigarro...que ficava por momentos junto a mim.

(em "As Rotundas...da Minha Terra (2)")