Há 3 horas
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O Mar...da Cova.
Praia da cova...teu mar é imenso,tem muitas estórias para contar.Quando era criança quis alcançar o teu fim...nos meus pensamentos.O teu horizonte era a minha amante longínqua...As dunas a cama aonde um dia me iria deitar contigo...
Ponte dos Arcos...na Gala
Velha Ponte dos Arcos...Ponte da minha infãncia.Tua vida chegou ao fim...mas a tua imagem ficará sempre em mim.Olhas o rio,como quem olha o espelho da vida.Já viste alguém nascer...quem sabe!Não evitas-te que junto a ti alguém morresse.
Praia da Cova...
O perfume do teu mar...é o presente,foi o passado e será o futuro da minha existência...
quando e como nasceu a arte xavega
ResponderEliminarNo século XVIII na região Norte e Centro de Portugal operou-se uma transformação nas formas de pescar, com a introdução de um novo tipo de pesca.Era diferente das pequenas artes (redes) designadas por Chinchorros ou Chinchas, que era o que antes mais se utilizavam...
EliminarA "Pesca da Arte", consistia na utilização de uma grande rede de cerco e alar para terra e com a formação de companhas munidas de barcos muito curvos, em forma de meia-lua, designados por “Barcos do Mar” (de Espinho até Mira) ou “Barcos da Arte” (da Figueira da Foz até à Vieira de Leiria).
Ao novo tipo de pesca e à rede utilizada os pescadores deram o nome de “Arte”, ou "Redinha", como também muitos apelidavam na Cova de Lavos.
Assim surgiram as grandes companhas da “Arte” e com elas o aparecimento de novas povoações no litoral norte e centro de Portugal, como foi o caso entre outras, da Cova de Lavos, Costa de Lavos e Praia da Leirosa, aqui bem perto de nós no Litoral Centro, sendo a Cova de Lavos, ainda uma jovem povoação, situada nas dunas da margem sul do mondego, a mais povoada, em número de habitantes e Palheiros, e por consequência aquela que maior número de barcos tinha e de aparelhos em actividade, já no início do século XIX.
Nesse tempo, um dia de pesca era composto por um número variável de lances, que dependiam do estado do mar, da capacidade de trabalho da companha, da quantidade e qualidade do peixe capturado nos lances anteriores.
Cada lance iniciava-se com a entrada do Barco da Arte na água, tarefa efetuada com a ajuda de toda a companha que empurrava manualmente o barco até ele começar a flutuar. a ponta de um cabo da Arte, ficava em terra.
A rebentação era vencida à força de remos, quase sempre com quatro homens nos remos, remando em conjunto, podendo raramente serem seis remadores, dependendo do tamanho da embarcação e das redes da Arte, cada um com o seu remo, largando continuadamente o cabo até chegar ao largo...e começarem a largar as redes em semi-circulo, primeiro as mangas, e depois o saco...
Após o lançamento da rede no mar, a embarcação regressava à praia trazendo o outro cabo de alagem, só depois se puxavam ambos os cabos.
Com a ajuda de uma ou de duas juntas de bois, ou com a força dos braços de toda a companha e famliares, com ou sem tirantes...
Os meses de Verão, por serem usualmente períodos do ano em que a agitação marítima é menos frequente, são propícios ao uso de uma das mais tradicionais artes de pesca que se podem encontrar também nas praias do concelho da Figueira da Foz.
Na nossa Praia da Cova, a tradição felizmente, ainda se mantém viva até aos dias de hoje...