"A maré cheia intensa e a chuva muito forte que não parou, entre as 10:00 e as 12:00, fez com que a água não conseguisse escoar para o rio" disse João Ataíde, aos jornalistas.
No largo do Tribunal, junto ao jardim municipal, uma das zonas afetadas pela subida das águas.
No largo do Tribunal, junto ao jardim municipal, uma das zonas afetadas pela subida das águas.
O autarca classificou a situação de "recorrente", exemplificando com o sucedido junto ao tribunal judicial, zona de confluência entre a chamada Vala das Abadias - parque verde que funciona como zona de retenção de águas - e o rio Mondego, para onde aquele curso de água se dirige.
Apesar de João Ataíde apontar a maré cheia como uma das causas para o sucedido, o período de maior precipitação aconteceu com a maré a baixar, já que a preia-mar ocorreu às 06:37 de hoje e a baixa-mar às 12:46.
O autarca disse que existiram "alguns prejuízos", que não quantificou, em algumas zonas da cidade, como nas ruas da República e Fernandes Tomás, na baixa e uma situação "mais crítica" na rua dos Pescadores, na praia de Buarcos.
Afastou, no entanto, a hipótese de as inundações terem ocorrido devido a uma eventual falta de limpeza dos coletores de água "atempadamente limpos" e, no caso da rua da República, à obra da zona pedonal ali existente, concluída há cerca de uma década.
"Essa obra pedonal tem mais de 10 anos, mas não é essa a determinante, o problema é a confluência entre a maré e os coletores fluviais", frisou o autarca.
Junto à avenida marginal, numa zona de vale junto à chamada ribeira do Galante, que corre em direção ao mar, a água acumulada na estrada também provocou inundações em algumas moradias.
O residente Pedro Santos viu a água entrar em casa, pela garagem, atingindo mais de um metro na cave: "Foi um mar de água, maré baixa ou alta é sempre a mesma coisa, os coletores não conseguem dar vazão a tanta água", disse.
Foto:Paulo Garcia - Vista parcial da Rua da República
Sem comentários:
Enviar um comentário